Amazonino comandou o Estado pela última vez em 2017, para realizar um mandato tampão no Amazonas após a realização de eleições suplementares – o pleito ocorreu pois o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia cassado o mandato do então governador, José Melo (PROS) e do seu vice, José Henrique de Oliveira (SD). Advogado de formação, ele teve três filhos.
A história da região confunde-se com a trajetória do político. Em 1989, por exemplo, Amazonino, no Estadão, defendia a distribuição de motosserras – medida considerada antiecológica por especialistas. Era o começo do debate, nacional e internacional, em torno da proteção ambiental na região. “As motosserras são indispensáveis para os cablocos”, afirmava para na sequência ser criticado pelo então presidente do Partido Verde em Manaus, Cláudio Barbosa: “É uma das medidas mais infelizes do governador, porque ela não visa o desenvolvimento do Estado”.
NOTA DE PESAR A família de Amazonino Armando Mendes comunica com pesar o seu falecimento neste domingo (12/02), em São…Posted by Amazonino Mendeson Sunday, February 12, 2023
Amazonino comandou o Estado pela última vez em 2017, para realizar um mandato tampão no Amazonas após a realização de eleições suplementares – o pleito ocorreu pois o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia cassado o mandato do então governador, José Melo (PROS) e do seu vice, José Henrique de Oliveira (SD). Advogado de formação, ele teve três filhos.
A história da região confunde-se com a trajetória do político. Em 1989, por exemplo, Amazonino, no Estadão, defendia a distribuição de motosserras – medida considerada antiecológica por especialistas. Era o começo do debate, nacional e internacional, em torno da proteção ambiental na região. “As motosserras são indispensáveis para os cablocos”, afirmava para na sequência ser criticado pelo então presidente do Partido Verde em Manaus, Cláudio Barbosa: “É uma das medidas mais infelizes do governador, porque ela não visa o desenvolvimento do Estado”.
Pouco mais de dez anos depois, Amazonino voltaria ao centro do debate político nacional ao ser um dos principais personagens da proposta de criação de um bloco entre Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima e, com isso, convencer o governo federal a criar um fundo (leia-se dinheiro) para o desenvolvimento da região. A proposta, sob o viés ambiental, antecipa as discussões feitas hoje com Estados Unidos, Alemanha, entre outros países. Na época, o fundo poderia chegar, a R$ 600 milhões anuais. Uma das metas principais seria usar os recursos para preservação ambiental – com a recuperação de áreas degradadas.
A questão ambiental, longe de ser superada ou equacionada, ganhou ainda mais destaque internacionalmente nos anos recentes. Assim como a violência. Em 2018, a região foi palco de massacres de presos – mais de 100 morreram. No aniversário de um ano do massacre, a administração Amazonino admitia que infelizmente aderir a uma facção criminosa era uma saída de sobrevivência a quem ingressava no sistema carcerário.